sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008


Um dia desses estava conversando com uma senhora no terminal, ela pediu pra eu ajudá-la com as compras pra botar no ônibus, ela começou a reclamar dos preços dos materiais escolares, que comprou pra neta um livro de R$68,00, falou que tava tudo caro, que pra quem vivia só com um pouco mais do que um salário mínimo, e ainda falou que tinha pagado tudo à vista, agora não sei como uma pessoa que ganha um pouco mais do que um salário paga uma parada de mais de R$600,00 à vista, e ainda reclama da educação, que a neta dela tinha de estudar em escola particular, porque a escola pública não oferece a educação necessária, que o governador nem o presidente liga para o nosso estado. Eu não entendo esse povo, quando o neoliberalismo está no poder, reclama, quando entra um que, visivelmente melhora o país, economicamente falando, quando o dólar vai lá pra baixo, o país com um respeito internacional muito grande, não que Lula seja "O Presidente", mas de todos esses anos, o menos pior foi ele, pelo menos nada fica escondido, a PF pode trabalhar como deve, e sem mais milongas, ele não privatizou nada, aí vão dizer: "A Vale do Rio Doce tá produzindo mais do que quando era estatal!" Certo, mas garanto que se ele não vendesse por 3 bi estaríamos com uma dívida externa bem menor não acha? No mais, deixarei vocês com uma passagem de Luís Fernando Veríssimo com uma crônica dele: O povo, recomendo a todos esta crônica, muito boa, se puderem, leiam-na.

(...) "Responda, sem meias palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo.
É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que, justamente por agradarem ao povo, não podem ser boa coisa.(...)
O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria ser eliminado."

"O povo": O popular, 3ª ed., Porto Alegre, L&PM, 1982

6 comentários:

André Correia disse...

É o gordinho
tava na hora hein
de att aqui!
ótimo texto gordinho!
Tá mais lulista que eu, e tenho dito
kkkkkkkkkkkkkk

Atualize mais aqui doid
ponha as novidades do teatro sergipano aqui tbm..
flsss!!

André Correia disse...

A revolta em pessoa
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Pode crer Rafa, a culpa do país tá uma bosta é da merda do povo msmo! O ser humano é um lixo realmente..
kkkkkkkkkkkkkkkkk!

;*

Pensamentos de Beatriz disse...

Pois é meu godinho, que mundo injusto, como dizem uns com tanto outros com tao pouco, o que falta nas pessoas é carater, dignidade. as pessoas sao egoistas demais, c é doido...

gostei do texto.
^^

beijaoo ;*

Unknown disse...

pow bom texto...resumiu um pouco da problemática brasileira....O povo precisa deixar ser apenas povo e virar gente!

"Grite!Reivindique!Proteste!Não se entregue!"

Anônimo disse...

o povo deveria ser eliminado é ótimo!

bem não sei se a anarquia é a solução, mas com certeza, melhoraria muito!
hein?!