domingo, 17 de outubro de 2010

- Penetra-me! Já estou doida!
- Calma! Precisamos ter calma.
- Vai logo! Preciso de ti, dentro de mim.
- Não! Assim com essa pressão não há santo que aguente.
- Ah é? Então, fique aí com tua calma.
Angelina sai e nunca mais volta a ligar para Francis.
- Alô? Angelina, se estiver me ouvindo, retorna-me a ligação, preciso conversar contigo.
Passam-se dias, meses, anos. E nunca mais ouve-se falar de um dos dois.
- Pessoal, venham, frutas fresquinhas! Direto da fazendo para o consumidor.
- Francis? - diz Angelina.
- An... An... An... Angelina?
O silêncio paira no ar. Não sabe-se por qual motivo Francis era, agora, um feirante, logo ele que repudiava esses serviços, e ele, que era um empresário bem sucedido.
- Mas o que aconteceste contigo Francis?
- Depois que me deixaste não sabia mais o que fazer em minha vida, vendi tudo, comecei a fumar, beber sem parar, e perdi todo o meu patrimônio. Estou vendo que estás bem. De carro, bem vestida e com muito dinheiro.
- Pois é, depois que descobri o outro lado meu, minha vida mudou e muito.
- Espera um momento. Que outro lado?
- Francis, depois que me deixaste, não queria saber de mais ninguém, e lembra-se daquela minha amiga, a Helena? Pois é, casei-me com ela, e vamos adotar uma criança.
- Como?
- É, agora eu sou lésbica.
- Mas...
- Nada de mas. Aceite-me deste jeito.
- Não acredito.
Francis sai, e ainda não acredita que ela tomou aquela atitude e ainda o contou. E escreveu uma carta, deixando-a na porta da casa dela, que dizia:
"Deixo este mundo, pois a mulher que mais amo nesta vida, me largou, me humilhou e me rasgou a alma. Espero que sejas muito feliz, cara Angelina, com essa sua nova vida."
                                                                                                                             Ass.: Um homem.
Ele vai até a porta dela, dá uma batidinha na porta. Assim que ela atende, ele entrega a carta e dá um tiro na cabeça.
- Não Francis, não! Não faça isso contigo. - diz Angelina.
Helena chega e começa a consolá-la:
- Não fica assim Angelina, sei que você o amou, mas às vezes fazemos tantas loucuras por amor, que não sabemos até que ponto nós chegamos.
- Você se mataria por mim?
- Sim.
- Então prove.
- Eu? Matar-me, só se for em algum caso de extrema loucura.
- Então tu não me amas! Está tudo acabado entre nós.
- Mas Angelina, se eu matar-me, nós não vamos mais viver juntas!
- Mate-se, que logo após eu mato-me e iremos juntos, viver no além.
- Então, matar-me-ei!
E Helena mata-se.
- Não Helena, não! Não faça isso contigo - diz Angelina.
Angelina fica só. E até hoje não sabemos quem ou o que Angelina é.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

- Sabes o que se passa por esta cidade? - diz ele.
- Não, não sei. - diz ela.
- Esta cidade é chamada de cidade fantasma.
- É mesmo? Mas não vejo nenhum fantasma por aqui.
- Eles existem. E pode acreditar, são extremamente perigosos.
Neste momento, eles se abraçam e ela começa a chorar como se tivesse acontecido a pior coisa do mundo.
- O que foi meu bebê? Estás chorando?
- Estou... snif... snif... Senti a presença de algo ao meu lado.
- Sou eu que estou aqui.
- Não és tu! É outra pessoa, respirando em meu pescoço.
Até então, não se acreditava em fantasmas e a eternidade deles.
- Fantasmas são pessoas que existiram e que ainda, não conseguiram desvincular-se do mundo material. Elas precisam, ainda estar aqui.
- Não existe fantasmas, não acredito em você.
E sai uma luz branca por trás dele, mostrando toda a sua áurea, e toda a sua identidade: um anjo.
- Meu Deus! Tu és um anjo?
- Sou meu amor! Não te falei antes, pois, iria se assustar, mas agora tenho de ir. Já cumpri o que tinha de ser cumprido.
- E o que era?
E o anjo sai.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Xanéu


Eu gosto de mulheres com cabelo "channel", até porque cabelos curtos lembram energia, energia lembra TV, e a TV lembra channel, que vem do inglês, e traduzindo: canal. Canal de televisão, o mais assistido é o canal 4, que nos remete a "de 4", a sexo, e a PUTARIA! O que é isso escritor? É simplesmente a realidade por nós vivida, a GloBesteira nos mantém em frente à tela, e nos mantém alienados, alienados, alienados... Espera um pouco! Quase me alieno também, isso não pode acontecer, pois nós, intelectuais, professores não podemos ter uma vida normal. Não estou dizendo que podemos e devemos assistir ao channel 4, e sim, dizendo que NÃO devemos, pois o nosso pensamento fica retrógrado! Leigos, leiam livros literários lecionados, logo lidarão lindamente com a leitura! Opa! Como é o nome disso mesmo? Ah! Lembrei! Aliteração, que me recorda as figuras de linguagem, como: pleonasmo, hipérbole, sinestesia, metáfora, eufemismo! Eufemismo lembra-me feminino, que lembra uma das melhores coisas da vida: MULHER! É, eu gosto de mulheres com cabelo "channel".